27º ECAL apresenta 'O Basculho da Chaminé'

"Comédia musical do século XVIII, 'O Basculho da Chaminé' promove troca de identidades e muitas risadas no palco do ECAL"

Na próxima quarta (13), o Grêmio Colorado vai virar palco de uma troca de identidades hilária quando o 27º ECAL e a Cia Minaz apresentarem "O Basculho de Chaminé", ópera ligeira escrita em 1794 pelo português Marcos Portugal. O espetáculo musical, marcado para as 20h, promete uma noite de humor e crítica social disfarçada de comédia.

A trama? Um barão paranóico e um limpador de chaminés (o astuto Janino) resolvem trocar de vida: o primeiro porque acha que sua turma (Dom Pedro, Rosina e o criado Pieroto) tá tramando contra ele; o segundo, porque tá cansado de viver na pindaíba e quer experimentar as mordomias da nobreza. O resultado? Uma série de trapalhadas dignas de meme do século XVIII, com direito a amores mal-entendidos e sátira social.

CALDEIRÃO CULTURAL DE GUAÍRA

De 12 a 16/08, o Grêmio Colorado vira o point da cultura na cidade, reunindo o 27º ECAL e a 7ª Feira do Livro num só lugar (enquanto a Casa de Cultura passa por uma repaginada). A programação – toda gratuita – é um mix de teatro, música, cinema e literatura, com curadoria da Prefeitura, Departamento de Cultura e IORM.

MAIS PARA CURTIR:

Teatro: Da ópera cômica da Cia Minaz ao infantil "O Casamento da Dona Baratinha"

Cinema no Cine Energia: De Jurassic World a Quarteto Fantástico

Literatura: Lançamento do livro "Urutau e a Garça", da guairense Angélica Garcia

Música: Apresentações da ACOR e artistas locais

E tem mais: artesanato, intervenções e aquela energia típica do ECAL, que sempre abriu espaço para a cena alternativa. Dica: chega cedo, porque cultura boa – e de graça – lota!

O BASCULHO DE CHAMINÉ

O Basculho de Chaminé é uma ópera ligeira composta por Marcos Portugal em 1794, representando um dos melhores exemplos do teatro musical português do final do século XVIII. Escrita no estilo da ópera bufa, mas com características mais leves e descontraídas, a obra se enquadra no gênero da comédia de enganos, onde trocas de identidade e situações absurdas conduzem a trama de maneira hilária.

A história gira em torno de um barão desconfiado que acredita que seu círculo social (Dom Pedro, Rosina e o criado Pieroto) conspira contra ele, e de Janino, um simpático limpador de chaminés que vê na troca de papéis uma oportunidade de experimentar os privilégios da nobreza. Essa inversão de identidades desencadeia uma série de confusões cômicas, com direito a equívocos românticos e críticas veladas à sociedade da época.

Marcos Portugal, um dos compositores mais importantes de seu tempo, imprimiu na obra melodias cativantes e árias cheias de vivacidade, características que marcaram seu estilo musical. Apesar de ter sido escrita originalmente para o público português, a ópera ganhou espaço também no Brasil, especialmente após a chegada do compositor ao Rio de Janeiro em 1811, onde se tornou mestre da Capela Real.

A peça reflete influências da commedia dell'arte e da ópera italiana, mas com um toque próprio, mesclando humor e crítica social de forma inteligente. Embora não seja tão frequentemente encenada nos dias de hoje, O Basculho de Chaminé permanece como uma obra significativa no repertório lírico português, sendo revisitada ocasionalmente em produções que buscam resgatar a tradição musical do período.

Sua trama leve, aliada à música envolvente de Marcos Portugal, faz dela uma peça encantadora, capaz de divertir o público tanto pela sua narrativa quanto pela sua partitura bem-humorada.

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